terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Ouçam as suas mães

Minha mãe sempre me disse que eu ainda não sabia o que era amar.
Eu ficava puta:  ”Comassim?! A minha mãe tá maluca! Eu sei o que sinto!”
Mas eu nunca soube o que ele é realmente. Não menosprezando o que já passei, sabe?
Eu nunca na vida quis tanto alguém… Na verdade eu queria, mas essa pessoa não existia.
Sempre achei que uma pessoa poderia ter vários amores na vida, mas apenas um único grande amor. E sabe? Acho que isso é verdade.
Antes eu achava que amor tinha prazos: “Ninguém ama em 1 mês”. Ah, ama sim.
E amor é diferente de paixão mesmo né?
Não é só sexo, bolos, ciúmes.
Não é só frio na barriga de montanha russa.
Não tem que sofrer pra alguém te amar.
Não tem que deixar de ser quem a gente é.
Não tem receio dos amigos não curtirem.
Não tem que medir palavras.
O amor simplesmente acontece.
É forte e tira o ar como eu sempre quis que tirasse, mas também silencia, fala com os olhos.
É carinhoso, divertido, amigo e enche de saudade… E também dá frio na barriga de montanha russa, mas sem a parte de passar mal no final.
O amor é sim como a minha mãe falou: Leve, gostoso, sem complicações. Você olha e tem certeza do que quer. Tem certeza do que sente. Tem certeza que naqueles olhos e braços. Encontra tudo o que sempre quis.
Aquele lance de “sossegue que o amor vem” Papo de mãe né? Minha mãe sempre disse isso também. Ah essas moçoilas que cuidaram da gente desde que éramos coisiquinhas, tem algo mágico e inexplicável que fazem as coisas parecerem fáceis.
Muitas vezes ela me via agoniada, chorando, praguejando… Me via sofrer por caras que não tinham nada a ver comigo e dizia “O que é seu está guardado”.
Eu ficava puta, achava tão acomodado, tão triste! Achava que ela estava errada e não sabia nada da vida… Pfff!
Que tolinha eu…

Acalmem o coração que o amor, a felicidade e o emprego novo vem. Sempre vem.

Ouçam mais as suas mães.

Por Danuzza Cavalcante 

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